O Museu Nacional da Imprensa preparou várias iniciativas para
assinalar o 71º aniversário do nascimento do jornalista e escritor Manuel
António Pina (1943-2012).As Escolas e as Bibliotecas Escolares foram convidadas a
participar desta iniciativa, lendo poemas do autor e divulgando a sua vida e
obra.
No nosso Agrupamento, o dia vai começar com a leitura da biografia de Manuel António Pina e de alguns dos seus poemas em cada sala de aula. Nas Bibliotecas vai ser dado destaque às suas obras e pela escola serão afixadas poesias do autor.
Manuel
António Pina nasceu a 18 de novembro de 1943, no Sabugal, e faleceu a 19 de
outubro de 2012, no Porto.
Licenciado
em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1971, exerceu a advocacia e foi
técnico de publicidade. Abraçou a carreira de jornalista no Jornal de Notícias, onde passou a
editor. A sua colaboração nos "media" também se distribui pela rádio
e pela televisão. Foi autor de livros para a infância e juventude e de textos
poéticos. Manuel António Pina brinca com as palavras e os conceitos, num
verdadeiro trocadilho, fazendo da sua obra um permanente "jogo de
imaginação", tal labirinto que obriga a um verdadeiro trabalho de
desconstrução para se encontrar a saída. Muita da sua obra infantil e juvenil é
selecionada para fazer parte dos manuais escolares, sendo também integrada em
antologias portuguesas e espanholas.
Os
seus textos dramáticos são frequentemente representados por grupos e companhias
de teatro de todo o país e a sua ficção tem constituído o suporte de alguns
programas de entretenimento televisivo.
A
sua obra tem merecido, frequentemente, destaque, tendo sido já homenageado com
diversos prémios.
O PÁSSARO NA CABEÇA
Sou o pássaro que canta
dentro da tua cabeça,
que canta na tua garganta,
que canta onde lhe apeteça.
Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer
pessoa
(mesmo as que julgas que não).
Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo de boca fechada.
E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão
e ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.
in O pássaro da cabeça
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