quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Há escritores entre nós

Hoje publicamos os textos das alunas Beatriz e Juliana, do 8ºB. Os textos foram escritos no âmbito do estudo do texto memorialístico.


O meu bisavô Artur Silva 
    
Às vezes, perdermos pessoas que amamos, só restam então pequenas recordações mas fica sempre um amor do tamanho do mundo. O meu bisavô, Artur Oliveira Silva, é uma dessas pessoas por quem nutro um imenso amor. 

Ele nasceu no dia 24 de abril, um dos melhores dias da minha vida, porque foi nesse dia que eu também nasci! Tenho algumas recordações dele, tinha eu mais ou menos 4 anos. Lembro- me que ele usava uma bengala e eu tinha medo dele por isso, mas, no fundo, adorava-o. A minha mãe diz que ele estava sempre a contar-me história antigas.

Ele era casado com Emília Dias Figueiredo, que nunca conheci, e tinha 3 filhos: Rosa (a minha avó), António e José. Ele vivia numa casa de pedra, tradicionalmente portuguesa, que agora foi restaurada. 

2005 foi o pior ano da minha vida, porque foi nesse ano que perdi o meu bisavô Artur, que eu nunca vou esquecer e sempre vou amar. Ainda hoje sinto a sua presença na minha vida para me dar força e carinho.

Beatriz


Era um sábado, como todos os outros, e estávamos em casa da avó Ana. Como habitualmente, toda a família estava reunida para jantar. 

Ao fim do jantar, eu e as minhas primas Rita e Andreia fomos jogar à famosa brincadeira que todas as crianças conhecem - "aos pais e às mães". Recordo-me de ter estado a discutir com elas, pois éramos três meninas e alguém tinha de ser o pai… Bem, eu acabei por oferecer-me e a brincadeira começou.

Como a mãe (a prima Rita) estava a dar banho aos filhos, eu, que fazia de pai, fui preparar o jantar. Peguei num tacho e, claro, tinha de lá pôr qualquer coisa… a fingir, como fazíamos. Resolvi então ir às compras com a filha mais velha (Andreia). Mas, como era desastrada, tropecei na passadeira e caí! O meu queixo bateu num degrau e só me lembro de ter visto SANGUE, MUITO SANGUE! As minhas primas, aflitas, gritaram e percebi que ia apanhar dos meus pais, pois tinham-me avisado para ter cuidado.

Levaram-me ao hospital, o queixo envolto em panos e mais panos, e ainda com gelo.Cheguei ao hospital de Salreu e doeu mesmo! 

Eu tinha quatro aninhos e recordo-me desse dia como se tivesse sido ontem. Aliás, ainda hoje tenho a cicatriz desse sábado!

Juliana

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